segunda-feira, 21 de março de 2011

Dias da parvoeira :D

Não há aquele CD de uma banda qualquer que se chama “Dias da raiva” então eu decidi chamar a este texto Dias da Parvoeira porque é exactamente assim que eu me sinto hoje... Parva... infinitamente parva até... Não dá para perceber porque é que certas pessoas nos fazem acreditar que são nossas amigas e depois nos traem como se não fosse nada de especial e ainda por cima ainda têm a lata de não falar connosco sem razão nenhuma para isso... É estúpido como ainda existem pessoas que traem e voltam a trair sem sequer se justificarem aos outros... é estúpido e mau como algumas pessoas simplesmente não notam quando estão a magoar os outros...
Deixa-me tão irritada quando me fazem isso... dá-me vontade de chegar ao pé das pessoas e abaná-las até se aperceberem que fizeram porcaria mais uma vez e que desta foi demais... dá-me vontade de chegar ao pé deles e dizer-lhes o que realmente penso... dá-me uma vontade dos diabos de chegar ao pé deles e fazê-los descobrir que eu sou muito mais do que algum dia pensaram... dá-me uma vontade do caraças de os fazer saber quem vive realmente dentro do meu cérebro... dá-me vontade de fazer alguém provar a minha raiva mais profunda e depois não me arrepender disso...
Tenho vontade de estilhaçar a máscara e mostrar a todos que debaixo da pele de lobo se esconde um cordeiro com a certeza de que nunca seguirá nenhuma regra ou conceito pré-estabelecido quanto ao que devo ou não fazer porque é exactamente assim que funciono... não por rebeldia e cobardia mas por confiança e desprezo pelos preconceitos estabelecidos...
Tenho vontade de arrancar a ferros a voz que jaz no que resta dos estilhaços do meu coração... por vezes dá vontade de fazer o que me dá na gana... de seguir o coração e esquecer que não devo fazer o que me apetece porque não é assim que alguém com a minha educação se deve comportar... porque não é assim que eu devia ser... de fazer o que nunca tive coragem de fazer... de quebrar as amarras que me prendem a um passado que já não desejo para mim... de fazer com que nunca mais ninguém se atreva a dizer que eu não sou quem merece ir mais além... de fazer com que todos os que conheço saibam que quem fala sou eu e não um qualquer autómato que por aí anda a fingir que sou eu...
Tenho vontade de mostrar ao mundo a minha voz... de erguer a voz e gritar bem alto “Eu estou aqui” mas no momento imediatamente a seguir acobardo-me e deixo de ter a coragem necessária para o fazer... de mostrar por uma vez que mesmo os maus cantores têm uma voz que pode ser valorizada... de provar de uma vez por todas que mesmo com os pés assentes na terra ainda posso ter medo... de mostrar que posso enfrentar todas as ideias que têm de mim e ser quem sou sem olhar a quem se rala com o que faço mal na minha vida...
Tenho saudades de quando todos os problemas se resolviam assim que me sentava em frente ao teclado e lá pousava os meus dedos para começar a tocar mas agora já não é assim... agora mesmo que me sente ao teclado já não me levanto de alma limpa mas mesmo assim sento-me e toco durante imenso tempo (na verdade é só até me doerem as costas)...
Tenho vontade de enfrentar os medos que não mostro e de que não falo mas não tenho a força necessária para o fazer sem ajuda e não tenho quem me ajude...

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